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Massimo Tamburini

Massimo Tamburini... génio

A História de Massimo Tamburini: O Génio por Trás das Motocicletas Icónicas 

Introdução: Um Nome que Mudou o Mundo das Duas Rodas
Massimo Tamburini, nascido em Rimini, Itália, a 28 de novembro de 1943, é amplamente considerado um dos maiores designers de motocicletas de todos os tempos. O seu nome tornou-se sinónimo de beleza e inovação técnica no universo das duas rodas. Ao longo de mais de quatro décadas de carreira, Tamburini revolucionou o design das motos desportivas, criando algumas das máquinas mais icónicas da história, como a Ducati 916 e a MV Agusta F4.
Neste texto, vamos explorar o percurso fascinante deste mestre das linhas e das formas, desde os primeiros passos na sua oficina improvisada até à consagração como uma lenda do motociclismo. 

Os Primeiros Passos: Paixão e Dedicação
Desde jovem, Massimo Tamburini revelou uma paixão arrebatadora por motocicletas. Apesar de ter trabalhado inicialmente como instalador de sistemas de aquecimento e ventilação, o seu coração batia mais forte sempre que sentia o cheiro a gasolina e o rugido dos motores. Foi na sua própria garagem, onde montava e desmontava motos por curiosidade, que começou a dar asas à imaginação.
Tamburini acreditava que uma moto não devia ser apenas uma máquina funcional, mas sim uma obra de arte capaz de emocionar quem a contemplasse e a pilotasse. A sua sensibilidade estética e o seu sentido técnico apurado viriam a definir toda a sua carreira. 

A Fundação da Bimota: O Nascimento de uma Lenda
Em 1973, Massimo Tamburini uniu-se a Valerio Bianchi e Giuseppe Morri para fundar a Bimota, nome que resulta da fusão dos apelidos dos três fundadores: Bianchi, Morri e Tamburini. O objectivo era claro: construir motos que combinassem motores potentes de grandes fabricantes (Honda, Suzuki, Yamaha, Kawasaki, Ducati) com chassis artesanais de excelência, que pudessem superar as limitações das motos de série.
Na Bimota, Tamburini pôde dar asas à sua criatividade. Modelos como a HB2, SB2 e a lendária KB1 não só marcaram época como colocaram a pequena oficina italiana no mapa do motociclismo mundial. Estes protótipos eram aclamados pela qualidade da ciclística, pela leveza e pela sofisticação do design. A atenção ao detalhe era tal que cada componente parecia ter sido esculpido à mão. 

A Cagiva e o Sonho Ducati: O Surgimento da 916
Em 1985, Tamburini deixou a Bimota para se juntar à Cagiva, grupo que tinha acabado de adquirir a Ducati. Este passo revelou-se decisivo: foi ali que, em 1994, Massimo Tamburini apresentaria ao mundo a Ducati 916, uma moto que viria a ser considerada por muitos como a mais bela de todos os tempos.
A 916 era mais do que uma moto; era uma escultura em movimento. Com a sua balança monobraço, o escape duplo elevado, o farol duplo integrado na carenagem frontal e uma traseira minimalista, a 916 redefiniu os padrões de design das superbikes. O sucesso foi imediato, tanto nas pistas como nas estradas, conquistando campeonatos de Superbike e corações de entusiastas em todo o mundo.
Tamburini acreditava que a forma devia seguir a função, mas que ambas podiam coexistir em perfeita harmonia. A 916 era a prova viva dessa filosofia: leve, ágil e bela. 

A MV Agusta: O Renascimento de uma Marca Icónica
Depois da venda da Ducati em 1996, Tamburini concentrou-se na MV Agusta, outra marca mítica que a Cagiva tinha ressuscitado. Foi neste contexto que surgiu a MV Agusta F4, apresentada em 1998, uma superbike que encantou o público com o seu design arrebatador.
A F4 tinha linhas agressivas e elegantes, com o icónico escape de quatro ponteiras em forma de pirâmide, uma assinatura de Tamburini que se tornaria lendária. Mais uma vez, o designer combinou a estética e a engenharia com mestria, criando uma moto que era tão espectacular na estrada como na vitrina de um salão de exposições.
A F4 não era apenas bonita: era também uma referência em termos de desempenho e manobrabilidade, solidificando ainda mais o estatuto de Tamburini como o “Michelangelo” das motocicletas. 

A Filosofia de Tamburini: Emoção e Precisão
Ao longo da sua carreira, Tamburini cultivou uma filosofia muito própria: uma moto devia ser capaz de emocionar só de se olhar para ela. Para ele, a perfeição não se media apenas em números ou especificações técnicas, mas também na forma como uma máquina fazia o coração bater mais depressa.
As suas criações eram o resultado de uma busca obsessiva pelo detalhe. Desde a forma da carenagem até à soldadura do quadro, tudo era meticulosamente pensado. Tamburini acreditava que uma moto devia ser leve, equilibrada e, acima de tudo, bela. 

O Legado de um Mestre
Massimo Tamburini reformou-se oficialmente em 2008, mas nunca deixou de trabalhar em projectos pessoais. Mesmo depois da sua saída da MV Agusta, continuou a colaborar como consultor e a desenvolver ideias para novas motocicletas.
Infelizmente, em 2014, a notícia da sua morte aos 70 anos, vítima de cancro do pulmão, deixou o mundo do motociclismo em luto. Mas o seu legado permanece vivo em cada Ducati 916, em cada MV Agusta F4, em cada entusiasta que vibra com o som de um motor a rosnar. 

Conclusão: O Génio que Mudou o Motociclismo
Massimo Tamburini não foi apenas um designer; foi um verdadeiro escultor de emoções sobre rodas. Cada uma das suas criações é um testemunho da sua genialidade, da sua dedicação e da sua paixão. Ao longo da sua carreira, deixou uma marca indelével na indústria das motos e nos corações de quem vive a emoção das duas rodas.
Hoje, quando alguém admira o design de uma Ducati 916 ou se maravilha com a elegância de uma MV Agusta F4, está, de certa forma, a homenagear o homem que acreditava que uma moto podia ser mais do que uma máquina — podia ser uma obra de arte. 

Massimo Tamburini

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