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Moto Guzzi

Iniciava-se assim a criação de uma das mais importante marcas do sector

Moto Guzzi: Uma Lenda Italiana Sobre Duas Rodas

As Origens: Uma Visão Pós-Guerra
A história da Moto Guzzi começa em 1921, em Mandello del Lario, uma pequena localidade à beira do Lago de Como, no norte de Itália. Fundada por Carlo Guzzi, Giorgio Parodi e Giovanni Ravelli, três amigos ligados pela aviação durante a Primeira Guerra Mundial, a marca nasceu com o objetivo de aplicar os princípios da engenharia aeronáutica ao mundo das duas rodas.
Ravelli faleceu antes da fundação da empresa, mas o seu nome ficou eternizado na águia com asas abertas — símbolo icónico da Moto Guzzi — em homenagem ao seu passado como piloto militar. Em 1921, a Moto Guzzi lançou a sua primeira motocicleta: a Normale, com um motor monocilíndrico horizontal de 500cc. Este layout tornar-se-ia uma das características distintivas da marca nas décadas seguintes.

Inovação Técnica e Espírito de Competição
Desde os primeiros anos, a Moto Guzzi mostrou um forte espírito inovador. Nos anos 1930, desenvolveu uma série de inovações técnicas que revolucionaram o mundo das motos: suspensões dianteiras hidráulicas, motores com câmara de combustão hemisférica, e sistemas de refrigeração a ar melhorados.
A vertente desportiva sempre esteve no ADN da Moto Guzzi. Entre as décadas de 1920 e 1950, a marca esteve envolvida ativamente em competições internacionais, ganhando fama nas pistas de corridas. O lendário piloto Stanley Woods ajudou a consolidar o nome Moto Guzzi ao vencer o TT da Ilha de Man em 1935 — uma das corridas mais prestigiadas da época.
Durante este período, a Moto Guzzi também desenvolveu motos de corrida com avançadas soluções técnicas, como o famoso motor V8 de 500cc (o “Otto Cilindri”), um prodígio de engenharia lançado em 1955. Este motor era extremamente potente e sofisticado, embora complexo de manter, e acabou por ser retirado após poucos anos, mas deixou uma marca indelével na história do motociclismo.

Pós-Guerra e o Crescimento Popular
Após a Segunda Guerra Mundial, a necessidade de mobilidade acessível fez com que a Moto Guzzi se virasse para a produção em massa de motociclos utilitários. Modelos como a Guzzino 65 e a Airone 250 tornaram-se muito populares entre os italianos comuns. Eram motos robustas, económicas e fiáveis — ideais para o quotidiano.
Nos anos 1950 e 1960, a Moto Guzzi era já um nome consolidado, tanto na competição como no mercado de consumo. Foi nesta altura que surgiu o célebre modelo Falcone, equipado com o típico motor horizontal de 500cc, apreciado tanto por civis como por forças policiais e militares.
Em 1950, a Moto Guzzi inaugurou também um túnel de vento na sua fábrica de Mandello del Lario, o primeiro do género especificamente construído para o desenvolvimento de motos. Este investimento permitiu melhorar significativamente a aerodinâmica dos modelos desportivos e de turismo da marca.

A Era dos Motores em V
Em 1967, surge uma das maiores revoluções técnicas da Moto Guzzi: o motor bicilíndrico em V a 90 graus, montado longitudinalmente. Este tipo de motorização, aliado à transmissão por veio, passou a ser a assinatura da marca nos modelos de maior cilindrada.
O primeiro modelo a incorporar esta arquitetura foi a V7 700, destinada inicialmente ao mercado norte-americano. O sucesso foi imediato, graças à combinação de potência, fiabilidade e estilo clássico italiano. Seguiram-se os modelos V7 Special, V7 Sport, e depois os lendários Le Mans, que marcaram os anos 70 com o seu caráter desportivo e inconfundível.
Crises, Fusões e Sobrevivência
Como muitas marcas europeias de motos, a Moto Guzzi enfrentou grandes dificuldades a partir da década de 1970, com o crescimento das fabricantes japonesas. Apesar de ainda manter uma base fiel de entusiastas, a marca lutava para se manter competitiva em termos de inovação e produção.
A Moto Guzzi passou por várias mudanças de administração. Foi adquirida pela De Tomaso Industries nos anos 1970, depois por uma série de outros investidores durante os anos 90. Apesar das dificuldades financeiras e da incerteza, a marca nunca deixou de produzir motos.
Em 2000, a empresa foi finalmente integrada no Grupo Aprilia, e em 2004, ambas foram adquiridas pelo Grupo Piaggio, um dos maiores conglomerados de veículos motorizados da Europa. Sob a égide da Piaggio, a Moto Guzzi encontrou estabilidade e novo impulso.

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História dos logos da marca

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Moto Guzzi - Os modelos históricos

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Renascimento no Século XXI
No início do século XXI, a Moto Guzzi procurou modernizar-se sem perder a sua identidade clássica. Modelos como a California, a Norge, e a Griso mostraram uma marca capaz de combinar tradição com inovação. A estética retro, aliada à engenharia moderna, tornou os modelos Guzzi especialmente atrativos para motociclistas nostálgicos e puristas.
A partir de 2010, com um novo investimento na fábrica de Mandello e o lançamento de modelos mais leves e acessíveis como a V7 Classic, a Moto Guzzi começou a reconquistar mercado. A gama V7, em particular, tornou-se um sucesso de vendas, combinando design vintage com fiabilidade contemporânea.
Em 2021, a marca celebrou o seu centenário, com eventos especiais e edições comemorativas dos modelos mais icónicos. Este marco histórico reforçou o legado da marca como uma das mais antigas fabricantes de motos ainda em atividade contínua.

Moto Guzzi na Atualidade
Hoje, a Moto Guzzi continua a ser um símbolo de tradição e paixão pelas duas rodas. A sua produção permanece em Mandello del Lario, num espaço que é simultaneamente fábrica, museu e local de peregrinação para fãs de todo o mundo.
Modelos recentes como a V85 TT (uma trail com vocação aventureira) e a nova geração da V100 Mandello — com aerodinâmica ativa e tecnologias de ponta — mostram que a Moto Guzzi está preparada para os desafios do futuro sem perder a alma do passado.

Conclusão: Muito Mais que uma Marca
A Moto Guzzi é mais do que uma fabricante de motociclos. É uma marca que representa o engenho italiano, a persistência ao longo do tempo e uma ligação emocional entre homem e máquina. Do ruído característico dos seus motores em V à elegância das suas linhas clássicas, a Moto Guzzi continua a conquistar corações — com respeito pelo passado e olhos postos no futuro. 

Instalações

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Moto Guzzi - Figuras

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Comércio & Industria

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Moto Guzzi - Comércio & Indústria

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Desporto

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Moto Guzzi - Desporto

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Moto Guzzi - Figuras

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